Entre a Vida e a Razão.
Por incompreensão me vesti de rosa
para aprazer as femininas.
Me pintei de azul,
para me assemelhar ao céu.
Me concebi verdes azas
para viajar na esperança.
Negros foram os momentos
em que a dor me fez padecer.
Lancei-me para a luz,
onde o alvo imitava as nuvens.
Pranteei em gotas transparentes
a saudade e o sofrer.
Impermista estava minha alma
enquanto nada pensava.
Mesmo em um arco-íris de predileções
a solidão não me desabitou.
O sorriso me faz forte,
todavia o deleitamento é pouco
em uma vida sem razão!