Simplicidade de espírito

Dizem que, quanto mais você estuda, mais crítico você fica, menos você consegue se relacionar, menos você acredita no amor e nas pessoas. Eu não sei. Eu, quanto mais aprendo, mais simples fico. A cada fragmento de conhecimento que me some, menor me torno. Talvez eu seja só um ingênuo, mas não reclamo de as pessoas quase sempre não falarem sobre os assuntos que mais amo, sobre os livros que leio, sobre pensamentos que tenho. Converso muito sobre isso comigo mesmo e por isso escrevo literatura. Com as pessoas, meus amigos, meus amores, quero me deixar levar. Por umas me apaixonar, de outras escapar. Há gente tão linda que estudou e leu pouco, ou nada, e gente vazia entupida de assuntos de status, títulos, intelecto e relevo. Porque estar cheio para mim depreende sentimento, sinceridade, compreensão, ouvido - para todos os assuntos, delicadeza no trato, paixão... Como falta essa simpleza de vida ao mundo! Como eu não quero nunca perder este meu coração tamanho! Abria mão é deste pensamento acelerado e irrequieto que tenho, nunca da minha caipirice, da minha timidez e singeleza, nem das pessoas simples que amo. Elas aquecem minha existência.