REFLEXÕES SOBRE A DIVINDADE

Depois de percorrer determinado espaço/tempo, que me havia sido concedido por Cronos, vi-me percorrendo os limites criados dentro do conceito finito do Universo.

Dentro deste conceito eu entendo. Os espaços que se alongam além daí, ficam apenas dentro da ideação Cósmica dos Deuses que estão responsáveis pela criação dos mundos.

O universo que existe, além de nossa capacidade de imaginar ou vislumbrar como uma realidade, não pode ser abarcada por uma mente limitada por conceitos que nós mesmos criamos a cada momento, tentando com isso justificar aquilo que não podemos com a mente intelectiva.

Deus, como um criador idealizado pelo homem, apesar de vários conceitos que tentam colocá-lo além da nossa compreensão não passa de um ser limitado com todas as características e mazelas humanas.

Dentro de conceitos que são meios de limitar o que não conseguimos entender, tentamos então dar contornos com a nossa capacidade de criar.

Sem um arquétipo real, passamos a imaginar um ser que nossa limitada mente concreta consegue entender. Por isso, o Deus idealizado e adorado por quase toda a humanidade tem todos os contornos humanos e até mesmo seus defeitos e dúvidas.

O homem que consegue ir além dos limites que lhe foram impostos pelo medo ou idéias criadas por outros, consegue entender Deus, entretanto, jamais poderá dar-lhe contornos sem se valer de modelos humanos.

Assim sendo a melhor maneira de entender e compreender a figura de um Criador é libertá-la, tirando-a dos limites físicos humanos que são criados por estes e não por Deus.

Portanto, se não conseguimos entender ou compreender o que venha a ser Deus, o melhor mesmo é que não tentemos conceituá-lo ou defini-lo para que outros possam entender. Para que isso aconteça, o melhor mesmo é que apenas sintamos e vivamos Deus, porquanto, ELE, É.

29/11/06

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 22/10/2007
Reeditado em 26/10/2010
Código do texto: T704868