Solidão que afaga minh’alma.

A solidão afaga minh’alma.

Sempre só, e multidão.

Viagem, mente e estradas,

Viajadamente

Mente, amante,

Mente minha que viaja.

A solidão afaga minh’alma.

Os gritos de meu silêncio

Ecoam no vazio de meus cômodos,

Que incomodam o silêncio dos cômodos de meus uivos,

Em minha amada mente que mente e viaja.

A solidão me afaga.

Afoga e afaga a fé que me flagra,

Afagia: gritos

Alforje de lembranças;

Na cela que me sela o cavalo, a solidão.

Somente sou mente,

Mente, premente, demente

Premente, mente, de mente.

Mante a terra de meu ser.

Sou amante de minha própria solidão,

Mormente, é ela a mente que viaja.

Eu, aqui, ali, viajante, só.

Ambages de minha mente insólita,

Cavalo de Tróia de mim mesmo!

Solidão que afaga minh’alma,

Afoga e afaga e mente,

A Mente amante,

Minha mente que mente,

Mente que forja e foge,

Forja minh'alma

Fuja meu alforge,

Fuga, minha mente,

Forjes a mim,

Minha mente, premente que mente,

Minha jaula.

Guarde minha mente, se mente semente que mente e viaja.

Solidão, afago de minh’alma...

Carlos Maciel CJMaciel
Enviado por Carlos Maciel CJMaciel em 21/10/2020
Reeditado em 27/10/2020
Código do texto: T7093102
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