A construção social da realidade ou por dentro de mim

Imperativos morais me impedem da

Cobiça alheia, uma decisão atroz para não ultrapassar as barreiras a,

Degradação pública da alma ou da moral e bons costumes?

Iquebrantadas por consumir com calma

um corpo espiritual e íntimo

fraqueza da carne e da fé

enjaulo-me do livre arbitro de acatar ou desenrolar-me

dos grilhões do sentido que é,

a mais pura vontade de desfrutar

dos estratos corpóreos mais baixos

Desço ao submundo da abundância libidinal e deixar-me flutuar nesse universo perverso em que não devo me encaixotar

Vozes ascentrais me condenam

aconselham-me a descartar tamanha

imprudência inerente em minha alma

Escuto provérbios sábios, populares

Que nos alerta para os perigos da transgressão “demoníaca” e insensata

ditames que nos faz pensar e ficar esperta

diante dos jogos de prazer, dos desejos,dos impulsos fetichistas,do não aceitável, do limite racional.

não me ensinaram entretanto qual o caminho a seguir. Qual a pista a perseguir a do bem e a do mal.

O mal, uma condição humana

No fundo tornei-me surda as oratórias da vontade coletiva, do bom senso, do convencional e obvio me dei mal.

Deparo-me em frente ao espelho e não me reconheço,tenho que continua a conduzir a minha vida.

No rosto marcas recentes, não são sinais marcantes da idade,são expressões enrugadas das limitações impostas pela guardiã moral que de dentro de mim,me corrói

não sou puritana,

nem chiquita bacana (não resistir a rimar)

Mas, tornei-me uma velha constelação deslocada do meio em que nasci

presa em uma armadilha propicia,

onde o desejo e a cobiça estão em outro viver

desejo que insiste copiosamente em fugir

premissas defendir, paradigmas lutei, tudo em pró de um coletivo,de um equilíbrio,mas no individual tornei-me hibrido e me anulei.

qual o modelo de indecência que quer a todo instante desabrochar?

viver dois mundos,dois idéias,duas sabedorias, duplicidade de crença e fé,hegemonia apenas da combinação do contrário, da ideologia marxista e da dialética saudável.

ciência e fé. Um rascunho de uma solução mágica para viver uma encenação de um código negado.

será tudo isso uma loucura débil? a percepção do inconsciente diante de uma doença social?

Ou uma espécie de teste, uma provocação dos deuses negros para que eu encontre o verdadeiro graal?

Viver tudo que se deseja,seguir conceitos, condutas normas,teorias e intuição,academia e extensão,tolerância,paciência,respeito.

Eloqüência da vida e chancela da autocrítica aturdida,desajuste da estabilidade racional

Irreflexão sobre a misogênia masculina.

Duro,seca,fria, não posso seguir...

A lágrima que cai furtiva no canto dos olhos denuncia os meus pêsames sinceros: morte,violência brutal e covarde em nossa sociedade. Crianças.Mulheres e jovens. A barbárie contemporânea, da bala da ganância,da chacina corruptiva, é a conjuntivite do poder.