Fragilidade

A vida sempre reserva momentos de reflexão extrema e de análise sóbria a respeito de quem somos, exatamente nos ápices de maior fragilidade e sensação de abandono...

Não o abandono do desprezo, mas o de presença mesmo!

Não importa se você tem 4 ou 42 anos de idade, a sensação de lhe faltar forças num momento de desespero é latente e natural...

Há 15 anos, acordei no meio da noite tremendo de calafrios em cima da cama, em desespero, fiz chá de alho que aprendi com minha mãe... E por um minuto senti que havia em mim um pouco daquela mulher que nunca hesitou em cuidar de nós... Eu era agora parte responsável da minha cura! Na manhã daquele dia descobri que era tifo... A gravidade de algo que o amor conseguiu amenizar!

Recentemente o mesmo pavor de estar longe dos cuidados de quem amo me acometeu bruscamente... Acordar em calafrios, depois ver isso virar febre de inundar o lençol e o travesseiro, causou um temor de desespero e angústia...

Um terço antigo da minha vó paterna ajudou-me a ter paz e entender que estamos de passagem neste mundo, embora o que nos cause mais desespero é não poder gritar por socorro aos que amamos...

Rezar, ter fé, acreditar que ainda não é nosso momento de partir nos ajuda a manter o pensamento firme... A vida se mantém sólida na esperança...

Jonny Mack
Enviado por Jonny Mack em 05/01/2024
Código do texto: T7969867
Classificação de conteúdo: seguro