Mái veio u sol dispertanu
lá longi nus horizonti,
a cabocrada tuda acordandu
nas correria das lida,
purque eles num póde perdê tempu,
tem as prantação prá cuidá,
i o leiti das vaquinha môcha
qui no estábulu tão a esperá,
prá serem retiradu
e só despois us bizerrinhu podi mamá,
eita belezura di animár!

Nas horta tem as verdura
us legume,muitus canteros,
tudu prá sê bem moiadu
purque num chove,que desisperu!
tem a moagem di cana
prá uma garapa da boa
depois faiz meladu a D.Ana
com sobras,sem nenhum fiapu
È bão dimáis prá saúde
tem ferru e vitamina
meladu puru de cayena
uma cana das boa,pranta fina


Na cozinha já tá o café
qui a tropa toma rapidinhu
du pomar vem as fruita,
tem leiti,geléia,muitu pão,
tudu sempri bem fresquinhu,
i elis comendu cunversam
sobre u dia qui si faiz,
nas roça num tem tempu ruim não
ondi tivé serviço eles vão atraiz !



10/05/13



                     Agradeço a Oklima o poema em caipirês

Na roça é tudo de bão,
mermo as mão cheia de calo!
Premero canto do galo,
já tamo cum pé no chão.
Adispois, café cum pão,
matar de pau o potó,
da istrada comê o pó
do saibro seco da serra,
incher a inxada de terra,
moiá o chão de suó!
Di noite é veis do violão,
as corda assonando o estralo,
bebê cana no gargalo
golento do garrafão 
Tem Chico no acordeão,
tocadô comele só!
Adispois a rede... e a guerra:
inchê a inxada de terra,
moiá o chão de suó!

JPessoa/PB/oklima/



Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 10/05/2013
Reeditado em 10/05/2013
Código do texto: T4283354
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