Morrer de velho?

*Elias Alves Aranha

Cuido-me e evito a mesmice,

Para morrer de velhice,

Previno-me do acidente ou da doença…

Sou amável, aprazível e jocundo,

Contestante da indiferença do mundo,

Onde o que se sente se pensa.

O velho, como a sociedade pensa,

Não tem reflexo, na ausência imensa.

Sua ausência é como areia movediça…

Onde se traça igual sentença,

Para o que é vencido e o que vença,

Quando se entrega à preguiça.

Sem entusiasmo ou recompensa,

Onde o amor equivale à ofensa,

Devo apegar-me ao Senhor Jesus…

Amargurado em estado de comovença,

Sinto na minha própria presença,

Num céu de insânia e sem luz.

Cuidei da minha juventude,

Preveni a minha saúde,

O acidente e a doença…

Cumpri a obrigação e a amizade,

Já não morro por idade,

Mas, SIM, de indiferença.

Nessa vida somos todos iguais,

Devemos aprender com os animais,

Amando todos os seus…

Com respeito e atenção,

De corpo, alma e coração,

Planejando e realizando com Deus.

Penso, onde errei à essa altura!

Fui autêntico, vivi com bravura,

Minha vida é uma verdadeira ATA…

Quero a todos abraçar,

Viver o AMOR, conciliar,

Pois a indiferença é coisa que MATA.

Elias Aranha
Enviado por Elias Aranha em 28/02/2020
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