CONVERSÃO DE UM POETA

Certo dia eu pus fogo em meus poemas,

Assinalando a minha conversão;

Vi virar cinzas todos meus dilemas,

E fez-se fumaça o meu coração.

Despertei do sono como um vulcão

Adormecido, com seu fogo e larva;

Entreguei-me à Cristo — minha Salvação —

E fiz da Bíblia a minha única arma.

Despi-me do egoísmo, da vaidade,

E procurei o amor e a piedade

Pra dar bom testemunho de cristão...

Ma a poesia não, não teve fim,

Pois Jesus Cristo renovou em mim

O dom poético, co' inspiração!