Nada de Novo...

É isso ai,nada de novo no front

e eu desarmado até de palavras (vazio intimo)

flagelo da alma que se perdeu por amar demais,

são as distorções do querer do lado de lá.

Rei morto , rei posto e as pantomimas do bobo da corte

morrem no silencio da tarde que cai como um bloco de cimentona minha sombra que se dilui pela falta de sol.

Em verdade , em verdade vos digo:

Todo amor perdido é como um sopro do vento escaldante

no deserto da solidão.

Saio das gavetas do mundo em busca de tudo, do novo,

sempre serei eu a dançar sobre os presságios ,

na dor que me consome sem piedade, a me retalhar

como uma cantiga de sacrifício.

É isso, parte de mim detesta o canto que sai

do oraculo maldito da paixão e embarga a sereia

que revelou-me a luz de um falso amor.

Cantem, cantem uma nova melodia

que me recomponha a alma perdida

por amar demais, sempre.

Fernando Alencar

Fernando Alencar
Enviado por Fernando Alencar em 15/10/2018
Reeditado em 15/10/2018
Código do texto: T6476717
Classificação de conteúdo: seguro