Nada de Novo...
É isso ai,nada de novo no front
e eu desarmado até de palavras (vazio intimo)
flagelo da alma que se perdeu por amar demais,
são as distorções do querer do lado de lá.
Rei morto , rei posto e as pantomimas do bobo da corte
morrem no silencio da tarde que cai como um bloco de cimentona minha sombra que se dilui pela falta de sol.
Em verdade , em verdade vos digo:
Todo amor perdido é como um sopro do vento escaldante
no deserto da solidão.
Saio das gavetas do mundo em busca de tudo, do novo,
sempre serei eu a dançar sobre os presságios ,
na dor que me consome sem piedade, a me retalhar
como uma cantiga de sacrifício.
É isso, parte de mim detesta o canto que sai
do oraculo maldito da paixão e embarga a sereia
que revelou-me a luz de um falso amor.
Cantem, cantem uma nova melodia
que me recomponha a alma perdida
por amar demais, sempre.
Fernando Alencar