Trivial
Digo que te amo
E você acha isso trivial
E dentro de mil planos
Queria que fosse algo acima do normal
Mas não é, é apenas algo que já não te conforta
Te chamo e você apenas vira sua cabeça
Não dando tanta atenção ao que vou falar
O que vou falar tem importância
Mas me calo, mudo me entrego ao seu desprezo
Afinal de contas, já não faço parte das suas necessidades
Sendo isso verdade, posso então partir
Posso sair sem dizer adeus, sem alarde
E ainda que seja tarde peço mais um beijo
Aquele de despedida, onde lábios grudam
Apenas isso e nada mais...
Sendo seu desprezo tão visível
Me lanço ao invisível
Saio de cena, isso não é um problema
Parti, triste, peito pesado
De alguma forma humilhado, mas parti
Semana passada, você me ligou
Pediu quase sussurrando para conversar
Consenti, com o coração em pedaços
Consenti, pois te ouvir era mais fácil
E você falou, desabafou e chorou
Fiquei quase calado, parafraseando as vezes
E você do outro lado, parecia triste
Atacada por forte dor que só existe
No coração de quem um dia se engana
Ou se desilude com o que antes tinha como certo
E eu modesto, de alguma forma tentei lhe guiar
Falei que a dor iria passar, tudo passaria
Perguntou se poderia me ver
Se poderíamos nos encontrar
Disse que sim, não guardei rancor
E seja lá como for, no amor há esperança
Na esperança há sonhos e nos sonhos expectativas
E se for novamente para ser trivial
Que seja, pois dessa vez não haverá desilusão