Era amor

Eu queria até não ser o teu açoite,

o teu martírio

e o teu anseio,

preferiria a natureza de outras formas,

ser-te secreto

em plena carne

e não fazer-me um espelho.

Tua humanidade tão nociva...

Eu queria até não ter te amado calmamente,

o teu gênio

e o teu instinto,

preferiria a umidade do teu lábio,

ser-te absurdo em pleno vício

e não ferir as tuas pétalas.

Tua fragilidade tão humana...

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 09/07/2008
Reeditado em 10/07/2008
Código do texto: T1072008