Refúgio

Está paixão me rendeu o apelido de “louco”,

Deixando o meu cérebro, completamente, oco.

Nele agora só existe o ar do amor,

Que sufoca a minha alma com muito calor;

Estou à mercê da sorte,

Caminhando, apenas, para morte.

Não vejo mais graça em viver,

Pois você corroeu a minha vontade de vencer;

O egoísmo tomou conta da minha vida,

Fazendo-me mergulhar nesta imensa ferida,

Estou vivendo, apenas, de lembranças,

E já não sei o significado da palavra esperança.

Não sei como, a isto, eu irei reagir,

Só sei que desejo dormir...

Num sono profundo, para me esconder do futuro,

E tentar me esquecer deste passado obscuro.

Não sei onde eu irei chegar

E nem quero saber como você está.

Quero, apenas, me refugiar!...

Num lugar, onde nem eu, mesmo, consiga me encontrar...