As sobras de uma rosa
A rosa viva
Rubra
Cintilante
Já não se vê mais
Nem distante!
O perfume doce que exalava
Nem de longe
Obstante,
Só se tem a lembrança do instante,
Onde, cheia de vida,
A bela flor, você me ofertou.
E foram tantos encontros
E desencontros
Que o nosso amor constatou
Que a rosa não resistiu à falta
E, por falta de vida, ela murchou.
A bela flor vermelha
(A primeira)
Que o meu amor viu, admirou
O que não se viu, nesse instante,
Foi “apenas” o amor
Que não houve nunca ou que já se acabou.
E o que guardar das pétalas murchas
Que da rosa sobrou?
Talvez somente a lembrança distante e triste
Do sentimento sublime
Que só no meu amor se firmou.