Eu tenho medo (...)

(...) Eu tenho medo

De quando a manhã se vai

Sem a promessa do novo alvorecer.

Tenho medo de visitar o jardim

E, lá, não encontrar jasmins

E um beija-flor para o seu sabor

Colher!

(...) Eu tenho medo

Da chuva da madrugada

Despertar o meu sono (de novo)

Que tem já sua alma lavada.

Medo de o amor voltar à minha porta,

Trazendo sua ordem torta,

Desequilibrada!

(...) Eu tenho medo...

Pelos sonhos que eu construí

Na tarde que evoluí sem você.

Medo de sentir ou de querer

A falta da falta que dói

O apego do seu beijo que me corrói:

O amor que eu adormeci!