ZÉ
Foi embaixo daquele umbuzeiro
eu e você em pleno mês de fevereiro
que plantamos, teu sonho e o meu.
Os nosso nomes gravados no tronco
juntos,que nem rolinhas no ninho
Cultivando sonhos de infancia
debulhando no verde a esperança.
Estava alí Zé, minha alegria
e a cada raiá de dia eu nascia
e renascia.
Mas Zé, não sei o que sucedeu
que arrancou teu sonho do meu
que desplantou nossas esperanças,
e nosso sonhos de criança
morreram logo ao nascer.
Te fostes, Zé, como as nuvens
das chuvas que a tarde ,caiam
e os pingos que molham o chão
da chuva já não são, são meus.
Do pranto que me afoga a alma
por nao ser mais tua menina
nem no mirar da retina
meus olhos encontram os teus.
E nestas idas e vindas da minha saudade
perdi o endereço da felicidade
virou noite sem luar
A estrada que chuvosa sigo
nos ouvidos ecoa os nosso risos
embriagados naquela alegria
sem sabermos que um dia
lembranças apenas seriam.
Vai Zé, segue teu caminho
hoje sei que meu destino,foi sempre te perder
Voltamos a ser sol e lua nem moras mais na minha rua
e nem eu em teu coração
nos tranformamos em canção
de saudade ...de saudade...de saudade!