Coração ambiguo

Coração ambiguo, taciturno...

És a flor abatida, num longo tempo noturno.

Perdeste àquela a quem seus olhos vislumbrou;

Deixaste à toa àquela que seu coração amou.

Por triste escolha malogrei em minha opção;

Por infelicidade, optei por adverso destino.

A contragosto, cultivei decepção,

Andando por tortuoso e íngrime caminho.

Cabe agora ao meu coração ter esperança.

Entre infortúnios e incertezas,

Quero minha alma mansa

Para ter, quem sabe, algum momento de proeza.

Que Deus dê descanso e paz a meu coração.

Os sonhos que foram em tempos de outrora reais

Podem até não voltar atrás.

Mas podem inspirar, quem sabe, uma nova (e inesquecível) canção!