UM SONHO, UM ADEUS

Condenaram-me a te esquecer,
Deixar meus sonhos adormecer,
Fazer teatro mostrar que estou viva,
Pelo tempo do faz de conta,
Então em revolta absoluta,
Dancei contigo nesta madrugada,
Em passos quase perfeitos,
Nem mesmo pudeste notar,
Que eu escorregava bem devagar,
Por entre teus dedos,
Haviam nuvens enfeitiçadas,
Estrelas brilhantes aos milhares,
E você por admirá-las nem percebeu,
Que baixinho eu te dizia adeus.
Acordei com lágrimas nos olhos,
Ofegante por minha exibição,
E nas mãos tremulas ainda sentia,
Teu suor, teu cansaço, teu coração.
Mas ao flutuar em teus braços,
Deixe-te uma poesia em despedida,
Inventando um motivo inexistente,
Para deixá-lo assim para sempre,
Mas te peço apenas um favor,
Se puder mande-me notícias,
Preciso apenas saber-te feliz,
Pois, nesta vida é tudo que me resta.

27.09.06
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 27/09/2006
Reeditado em 14/08/2015
Código do texto: T250764
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.