Amor, traição e perdão

O amor me levou aos mais insanos atos contra mim mesma,

o amor me tornou cega, boba e alienada.

Eu sou poeira perdida na imensidão do pensamento torpe de uma desvairada fêmea.

Procuro a minha alma no por do sol abatido pelo cansaço do dia ardido.

Eu pensei que era tão simples o perdão, e desde então vivo mergulhada na dimensão da desconfiança eterna.

Presa ao medo do estar só, eu sobrevivo ao seu lado, e a impressão que tenho é que já estou sozinha.

Por que voltei pra você?

Eu me arrasto no chão feito um réptil na areia morna pedindo por

um pouco d'água.

Você, meio que envolvido por uma vontade imensa de apagar o que fez, mesmo que em vão, procura fazer com que eu esqueça.

Mas não consigo.

Eu pensei que fosse simples o perdão. Mas não é.

O amor foi maculado, todos os momentos bons transformados em lágrimas de desgosto, estou com raiva de mim, de você, e de todo mundo.

Doce amargura de quem continua a amar o traidor.