Eros Bêbado

Diz-me o freqüente dito

Que maior desventura humana

É nunca ter amado, nunca ter

O pulsar da magia que emana

Das flechas envenenadas

Do infinito

Que presentear flores

É o mais belo elo, as algemas que queria,

A mais forte ligação e apego

Ao objeto de tua idolatria

E eu digo que maior desventura se cria

Não quando nunca se ama

Mas quando outro coração se engana

Jogando o pérfido amor na lama

Fria que por mim sentia

Savannarola, 01 de fevereiro de 2012