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Queda Dos Véus




Realidade esta queda brusca dos véus
Sonhos despedaçados perdidos ao léu
Fincados no peito pontiagudos espinhos
Nós embaraçados entre  pergaminhos


Diante do descortinar do escuro cenário
Recolhe-se o coração ao funesto calvário
Permeado pelas silenciosas madrugadas
Onde  sepulta  pálidas emoções veladas


Canto canoro que o amor no existir desperta
Presta-se para o réquiem das valas abertas
Dualidade morte e vida tingem de dor a lida
Sangrento derramar,  prematuras partidas


Recolhem-se as velas dos planos sonhados
Sentimentos adormecidos no ácido abissal
Sob o agouro das  corujas no cinza do céu
Realidade escancarada na queda dos véus.


(Ana Stoppa)






Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 14/05/2012
Reeditado em 16/05/2012
Código do texto: T3667516
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