(sem título)
Em terras amaldiçoadas ergui meu castelo.
Veio a tempestade das desgraças
E levou tudo ao chão.
Eu fiquei apenas com o castigo de viver.
Do simples mas grandioso sonho
Restou apenas a saudade.
Brilham no céu as estrelas
Que encantaram o engenheiro de colapsos.
Jaz na superfície de um mundo perdido
As ruínas de uma vida,
Fantasmagórico monumento
Ao sofrimento de um homem.
Viver é contemplar ruínas.
Ruínas materiais, ruínas morais...
É construir sobre elas
Nossa melancólica passagem por esta terra.