A boa fé -
Quando andar com os amigos
era festivo encontro, havia ilusão
em relação a mim mesmo; como
pôde acontecer e pode ainda
mais todo distanciamento
só o que pode acontecer nos dirá!
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Qualquer ato de boa fé pode ser
erro crasso; não importa quem será
vencido e quem será derrotado.
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Quem vence nem sempre é vencedor,
há o uso do doping em quem ganha
medalha; há também a medalha
retirada do peito inflado do cínico.
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Há a flor da pele em chaga infectante:
úlcera somente exposta com o passar
do tempo! Há quem sinta
o nascer do câncer dentro
de si mesmo a tempo de impedir
transformação em gesto. Há o gesto
de boa fé fatal nem sempre
sem retorno ao lugar mais ínfimo
onde é expurgado. Há a razão
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amiga que nos salva de praticar
infâmia, e a mão afetuosa
que se nos dá a mão com a sua razão
cínica. Mão que será mantida à distância.
A essa mão nunca mais estenderei
a minha. À mão que me salvar
estenderei à minha em agradecimento!
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O tempo é amargo para haver boa fé.