Pelas dores

Do cimo morto caio regenerado,

as partículas

de dor

foram meu prato irreparável.

Cantaram nas canções abstratas

o gemido limpo de toda lama da estrada.

Do amor perdido da mão estendida e dada,

o tecido manchado

dos corpos

me foram lascívia de erro e pecado.

Predisseram nos livros o enigma

da vida perdida sem ter sido encontrada.

As dores já não me dizem nada.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 07/09/2008
Código do texto: T1166423