A mágica do amor (DESPERTA!)

Teus olhos estão nublados:

são nuvens de solidão.

Teus lábios murchos, calados,

perderam a vibração...

Tua voz, de vez em quando,

vai reprisando o passado:

"Preferi morrer amando,

a viver sem ter amado".

E nesta triste redoma

desfaleces de agonia.

Parece que a dor te toma

a vida que o amor te cria;

parece que o sol se apaga

em pleno fulgor do dia;

e contigo morre, amarga,

toda a vida que existia.

Ressuscito-te agora

com a mágica do amor

porque se tu'alma chora

a lágrima rega a flor,

fortificando as raizes

que vão brotar seus rebentos,

pois mil pétalas felizes

enfeitam teus sentimentos.

E renasces no jardim

onde pensas que jazias

És um poema sem fim,

pois nunca morre a poesia...

São Paulo, 3 de dezembro de 2008 - 19h10