Soneto da Esperança

Tons, esvoaçantes ironias

Ditas em própria medida

Sons, tão dissonantes alegrias

Pedras dilaçantes nesta lida.

Canto orquestrado de agonias

Vida de soluços incontida

Falso tua ideia, demasias

Que será de ti nesta batida?

Soubesse tu, menina a matiz

Intríseca nos mais densos orvalhos

Talvez fizesse destes tons, nuança

Verias sim, por fim, que ser feliz

Pra que levar sozinha os carvalhos?

De longe, é não perder a esperança.

Michael Wendder
Enviado por Michael Wendder em 29/05/2009
Código do texto: T1621999
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