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DE VOLTA À VIDA
De: Ysolda Cabral
 
 
 Distraída eu seguia,
Sem saber se era noite,
Ou se era dia,
Sentindo do vento o açoite.  
 
Distraída eu seguia,
Sem saber pra onde ia,
O pensamento distante,
Visível em meu semblante.
 
Distraída eu seguia,
Sem sonho e sem poesia,
Sentindo no peito a dor,
Da chaga aberta do amor...
 
Ferimento acontecido do nada,
Do nada que a gente inventa,
Só pra complicar a vida,
Que sem contemplação mata.  
 
Contudo, de repente,
Alguma coisa em nossa mente,
Desperta a força e a esperança,
E de volta pra vida nos lança.