Ainda que caia...

Morro do que há no mundo:

do que vi, do que ouvi. Morro do que vivi.

Morro comigo, apenas:

com lembranças amadas, porém desesperadas.

(Cecília Meireles)

Também sinto que morro nesse espaço,

Sem saber que sentido dar à vida:

Se um momento meu corpo é todo abraço,

No seguinte se mostra só ferida.

Sei que morro e revivo em cada passo

Sei que o mundo - uma hora - é Acolhida,

Mas no todo caminha em descompasso.

O que importa, Cecília, é que esse traço,

Mesmo em baixa, prossegue na subida.

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Luiz Roberto Bodstein
Enviado por Luiz Roberto Bodstein em 06/04/2012
Reeditado em 14/08/2014
Código do texto: T3597324
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