Julgamento e perdão
Quem de nós dirá com autoridade?
- Certo sou; nunca errei desde a minha mocidade!
Quem de nós dirá com orgulho e altivez soberba?
- Perfeito sou, com a minha finitude grandeza!
Ninguém é capaz, por si só,
De expressar a fundo suas certezas.
Em cada um de nós, entre miséria e dó,
Existe o que há de mais sublime, entre brilhos e torpezas.
Quem sou eu para julgar alguém,
Se este alguém é tão falho como eu?
Quem sou eu para apontar as mazelas de outrora,
Se vivo eu os erros comezinhos agora?
Ninguém é tão perfeito que consiga se evidenciar pela pureza.
Porém, digo também: cada um de nós carregamos o que há de mais belo.
Doravante, quem sou para dar luz ao brilho de quem não tem,
Se nem luz tenho para seguir estrada além?
A dependência da graça do Senhor
É algo infinitamente maior que a minha indelével dor.
Que as incertezas da vida volúvel e mesquinha
Se tornem menores que o amor de Deus e Sua vida.
Das trevas passei a luz.
Dos pesadelos ruins o sonho procuro passar a viver.
De fé em fé, vivo nitidamente a cruz
Do mais triste fim ao terno amanhecer.
Que a minha fé viva eu para o meu Senhor.
Que a minha esperança seja maior para o meu crescer.
Que a minha vida seja a essência do Seu amor;
Em veredas, paz continua para prosseguir em viver.
Cuide do meu coração e daqueles que Tu estás a zelar.
Ninguém mais pode avaliar meu coração a não ser Tu, meu Pai!
Olhe para cada passo meu e corrija o meu caminhar;
E assim, no meu coração vibrarei, a ponto de dizer: "Pai, eu te amo demais!"