..da foz até ao cais...

…da foz até ao cais…

Na foz deste selvático arado…

As vãs sensações sopram ventos de memória

Num rio de fogo que sangra suspenso.

Num trago de esferas de silêncio,

É uma misteriosa apneia solar,

Onde o preto e branco,

O quente e o frio se entrelaçam,

Onde as teclas desse piano gritam esperança.

Onde o querer, rasga grutas de negras sombras.

Em murmúrio árduo difícil, até ao cais,

Tudo é sombrio, tudo se sente medonho…

Mas é a raíz de um novo amanhecer…

Paulo