Não há mais culpa

Fechem-se as portas, não quero mais ver

Não me interessa quem anda por aí

Passaram-se séculos de saber e não saber

Lutas sangrentas, álgebras gentis

Naves velejando pelas correntes

Em novos continentes, mães febris

Mãos que suplicaram novas rezas

Açoite tocando escravo, o que fugiu

Ninguém o acusa, não há mais culpa

As cinzas do carvão diz que está aqui

No preço que se paga pela carne

Apagou-se entre as letras de nanquim

Cavalgou pelos campos sem a sela

Preso a negra crina de um cavalo

Levando os velhos mapas que encontrara

Cantando suas cantigas feito um bardo.

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 11/03/2016
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