A difícil escolha de onde ser sepultado
Em duas sepulturas separadas,
Por brigas conjugais tiverem leito
Um homem e mulher que o Direito
Ainda não fazia ter lavradas
As cartas de alforria desejadas.
Os filhos eram oito, hoje mortos
Três para cada tumba, os ossos tortos
Instigam-nos pensar suas queixadas,
Que bocas e palavras proferiram
Na hora de escolherem mausoléu,
Antes de enviados ao inferno ou céu?
Que farpas de caixão eles quiseram
Ter perto de seus corpos já sem vida,
Do pai se era bem-quisto ou mãe querida?