HEMORRAGIA DO ÚTERO E A GARRAFADA DO PAJÉ EM RONDÔNIA

HEMORRAGIA DO ÚTERO E A GARRAFADA DO PAJÉ EM RONDÔNIA

(EliZandra e EliOzani – 29/02/2016)

Saiu de Ji-Paraná e foi morar em Urupá

Uma jovem rebelde com 15 anos de idade

Para morar na casa da prima Velina (Lú) por uns tempos

Ali passou algumas dificuldades

O primo Valdino lhe ensinou dirigir o trator

E na motocicleta também melhorou a habilidade

E certo dia enquanto o primo estava derrubando matas

Lá na casa a morte chegou sem piedade

O mioma em grau avançado jorrava a vida

Precisava ser levada às pressas para a cidade

Com inteligência pensou rápido a moça atrevida

Apesar de novinha tinha muita responsabilidade

Colocou Velina sobre o trator e deixou um recado:

Sua esposa está morrendo, se demorar pode ser tarde

Estou socorrendo ela nesse veículo bruto

Vou provar que aprendi de verdade

A enferma chegou ao hospital desmaiando

Sangramento de grande complexidade

O médico disse: Você salvou a vida de sua prima

Ao praticar com bravura um ato de generosidade

Essa mulher nunca vai poder ser mãe

Em razão de sua grave enfermidade

Não sabia o doutor que Deus tinha um plano

De provar para ela que Ele cura por meio de milagres

Lembrei das histórias dos indígenas

Que dizia sobre médicos sem faculdade

Convidei Eliozany e fomos de motocicleta

Para conhecer de perto a realidade

Falei com o Pajé, sobre a situação da prima

Que desejava ter filhos para sua felicidade

Ele prometeu fazer uma milagrosa garrafada

Que eu pudesse buscar em outra oportunidade

Enquanto Eliozany, filho de Maria do Amparo

Interagia distraído com os índios de sua idade

A novinha insistia com o Pajé para iniciar o trabalho

Só saio daqui com a garrafada, exijo agilidade

O Pajé parabenizou a audácia da mocinha

E falou num gesto de cumplicidade:

Espera loirinha, vou fazer agora mesmo

Leve a cura que firmará o pacto de amizade

Para transporte do produto foi preciso

Pegar um embornal emprestado

E depois de passado uns seis meses

Pagamos com 4 embornais de boa qualidade

Confeccionados pela mãe de Eliozany

Fui novamente recebida como majestade

Falei que a prima já estava curada

Que em breve eu voltaria pra contar a novidade

Então nasceram Raquel e Rafael

Graças a Deus e àquela comunidade

Graças ao conhecimento do Pajé

E ao esforço de quem não era uma covarde

Que fazia o que precisava ser feito

Sem medo, confiava em Divindades

Assim pôde ver Deus operar maravilhas

Viu Deus vestido de médico na maternidade

Outras provas a prima vem passando

Mas em todas Deus tem lhe ajudado

Já ficou ano inteiro no hospital

E saiu de lá liberta, forte, curada

Depois foi acometida pelo câncer

E Deus mais uma vez teve piedade

Ela foi curada e está sempre feliz

Graças aos médicos formados em Faculdades

Talvez poucos soubessem desses fatos

Evito a mídia, ser famosa não é minha vontade

Quem foi paciente pode comentar melhor

EliZandra e EliOzani, de agora é amor, de outrora era só amizade.

Léo Nardo WebSniper
Enviado por Léo Nardo WebSniper em 29/02/2016
Reeditado em 29/02/2016
Código do texto: T5558626
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