O GÉNIO DA LÂMPADA

O génio da lâmpada (republicação modificada)

Certo dia um marroquino

Apresentou-me

A lâmpada de Aladino

E cativou-me,

De tal maneira,

Que abri os cordões à carteira.

Mal cheguei a casa,

Fui esfregar a lamparina

E dela saiu, com um grão na asa,

Eugénio,

O génio nu.

Mas que triste sina,

A minha!

Ele estava com mau génio

Pois fora aprisionado

Ressacado

Quando seguia

A caminho da escola de feitiçaria.

Eu queria a Terra e o Céu

E apenas ganhei

Uma carga de nervos que só eu

Sei.

Acabei

Por atirar a lamparina

Contra uma esquina;

E ao parvo do moço,

Meti-o numa saca

E lancei-o a um poço,

Para ver se passa a ressaca!

E pergunta-me você:

“Porquê?”

“Olhe, procurava um génio

E saiu-me o ingénuo

De um aprendiz de feiticeiro.”

Mal empregado dinheiro!...

14/12/2003, Edu Loko

HENRICABILIO
Enviado por HENRICABILIO em 12/06/2011
Reeditado em 12/06/2011
Código do texto: T3030404
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.