Pane elétrica
Se foi a tarde, com cara de insatisfeita,
por ter sido preterida pela noite.
Bateu o pé fez cara de manha,
feito criança quando quer algo, e não ganha.
Com um "sorriso amarelo",
ainda arriscou uma piscadela.
Mesmo sem querer, se foi.
Despedindo-se pelo clarão da cortina,
pela fresta da janela!
A noite logo veio sem temo de dar boa noite.
Escura, sem graça, e ainda fria.
E por tamanha revolta, pela falta de "energia":
fechou a janela, fechou as cortinas, e foi jantar à luz de velas!