Fui passeá nos pomar
prá ver se já tinha nascidu
uns pé de fruita prantado
há tempus lá isquecidus

Mái antes passei num cantu
ondi tem um mamoeiru
apenas fôias bem mirradas
ele não gostô daquele canteru

Distraída fui por baixu
é quase da minha artura
minha cabeça então raspô
na fôia que tinha envergadura

Quando oiei lá prá cima
imagine o sustu qui levei
enxame de vespas bravinha
trabaiando e seguindu a lei

A lei que digu é da natureza
qui aqui nunca é disrespeitada
ainda bem qui sai correndu
num levei ninhuma ferroada

Agora o tar jardinero Juão
qui cuida de tudo prá mim
qué tirá a casinha delas di lá
diz que é mió qui seja ansim

Sou di paz e respeitu a tudo
fiquei brava com o Juão
queru qui deixe lá as vespinha
prefiru ficá sem mamão!

Pensei em demiti o rapaiz
mái ele é um bão jardinero
cuidô com tanto carinhu das manga
qui elas té invadiro a ala dos pinhero


















Foto:Marilda
30/11/11


Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 30/11/2011
Código do texto: T3364355
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