A ira
Emerge do centro da Terra fervente,
ascende pelos meus pés,
cruza meu ventre,
impacta em meu coração.
A passagem do ar fica estreita,
o cérebro ajuda o fogo a se alastrar com as lembranças,
e a ira sobe à cabeça.
Eu quero matar você; apenas em meu peito.
Meus olhos marejaram,
como se a dor pudesse esvair-se em lágrimas.
A ira é fervente.
As lágrimas solidificam tão-somente a dor,
mas lá, ela permanece feito rocha intransponível.