Cabeça e castelos

Nada certo,

meu tempo sem espaço.

Onde quebrei meus dentes?

Sinto dor,

meu torturador

com sua voz de aço...

Ontem eu não existia,

ainda à pouco

cortei meus pulsos!

Estou sem respirar há semanas.

Tão estranho,

sem marcas na pele,

de olhos vermelhos

imagino mulheres em minha cama...

Não conheço meus dedos,

e folheio a vida.

Onde explodi meu peito?

Leve torpor,

velho gladiador,

zombando da cruz que trago...

Há bem mais que sangue em minhas veias,

meu veneno, meu beijo.

De um precipício eu pulo!

Em todas as casas,

sua cabeça e castelos,

no toque mais preciso,

no momento e na parte certa,

molécula inanimada de ser humano!

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 01/06/2010
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