Espelho

Entre.

Não me admira nada

o tremor de suas mãos.

Vejo teu coração faminto,

e os teus olhos cheios de uma falsa emoção.

Queres dinheiro, paz, atenção...?

Esse vício não mata?

Sente-se.

Esconda suas mãos,

não me admira nada

tuas terceiras intenções.

Vejo teu sorriso em pedaços,

e o teu corpo pálido sem pulsação.

Queres prazer, dor, um pedaço de pão...?

Nisso há alguma graça?

Deite-se.

Ponha as mãos sobre o peito.

Nada do que sabes é verdade,

é um desperdício estar tão bem vestido...

Um mundo de gente, amigos e amigos...

E ninguém chorou.

Me adimira muito um fim sem começo,

e antes que eu me esqueça,

meu nome é espelho!

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 12/06/2010
Código do texto: T2316183
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.