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O Ponteiro enigmático na parede...

Me pergunto o que é real.

Meu tempo é um verme metafísico

corroendo com asco as horas.

Vinte e cinco dias de tragédia

e um segundo de ilusão.

Andando em ruas suspeitas,

adivinhando os próximos passos,

sem saber o que é verdade.

Me pergunto o que é real.

Diante de mim uma alma enlouquece...

Envolto em uma atmosfera desconfiada,

apertando mãos frias de faces inexpressíveis.

Sempre os mesmo rostos...

Sempre os mesmos sorrisos...

Sem saber o que é verdade,

atrás da mentira que salva.

Sob a luz amarela do quarto,

no espaço que não pode ser tocado,

vejo tudo e não vejo nada.

Meu tempo é uma fera sanguinária morrendo de sede.

Me pergunto o que é real.

O ponteiro enigmático na parede...?

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 26/06/2010
Código do texto: T2341934