PARA UM COLEGA POLICIAL CIVIL

PARA UM AMIGO POLICIAL CIVIL

-Mauricio falando com Deus-

(Eliozan Miranda, 2010)

Interessante, como a vida é uma surpresa,

Nela ganha só quem joga,

Mas não é tudo que joga,

Que da sorte ao jogador;

Infelizmente, vejo as cartas sobre a mesa,

Vejo Quem chega e dialoga,

E encarando me interroga,

Quem será nesse jogo ganhador?

Rapidamente, respondi com mui firmeza,

Essa vida é uma droga,

Já não sei mais o que voga,

Mas aposto no Senhor;

Constantemente, ouço o choro da pobreza,

Esse lamento me aborda,

Do meu sono me acorda,

Vejo, então, a ira do Criador;

E de repente, revejo os meus atos,

Eu sofri desde menino,

Aprendi com seu ensino,

Sou apenas trabalhador;

Impertinente, maluco ou sistemático,

Eu aqui cheguei primeiro,

Vim do Rio de Janeiro,

Prender homem matador; (anos 80)

Inteligente, alegre e simpático,

Faço tudo do meu jeito,

E sai tudo perfeito,

Porque faço com amor;

E brevemente, serei aposentado,

E por tempo de trabalho,

E esse direito que falo,

Vale a todo servidor;

E certamente, ate serei contrariado,

Ao fazer uma viajem,

E ver tanta bobagem,

E sentir também a dor;

Ultimamente, Deus anda revoltado,

Terremoto pra todo lado,

Muitos corpos soterrados,

Deus me livre, por favor;

Antigamente, eu já era acusado,

De ser meio atrapalhado,

Doidão e aloprado,

Eu sou Policia! Não sou Vereador!

No meu direito, ando de nariz empinado,

Faço igual ao Delegado,

Sou também valente e encorajado,

E da Lei sou cumpridor;

Se eu fosse tão mau, e nesse cargo lotado,

A muitos teria matado,

De tiro ou enforcado,

Com crueldade e rancor;

A minha vida e um livro aberto,

Não há nada encoberto,

Estando errado ou certo,

Perdoe-me onde eu errei;

Quero um lugar pra morar depois da morte,

Será que tenho sorte,

Ter um lugar que me conforte,

Ou condenado ao inferno eu serei?

Tua Palavra é a pura Verdade,

Não sou inocente nem covarde,

E na realidade,

Na vida sou sofredor;

Acho por bem meus pecados confessar,

Deixo o povo falar,

Não vou nem ligar,

De minha historia, sou o próprio Autor;

Agora estou de face-a-face com Deus,

Peço perdão pelos erros meus,

Vou me apegar nos conselhos Teus,

Quero dar-Te mais valor;

Todos meus ídolos, ate hoje adorados,

Na TV ou pendurados,

Nas pinturas ou gravados,

Libertar eu já tentei, mas foi em vão, meu Salvador!

Léo Nardo WebSniper Music
Enviado por Léo Nardo WebSniper Music em 02/09/2010
Código do texto: T2474991
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