redemunho maldito ao amigo vítor (klein)

demônio de mim mesmo

inferno de minh’alma eu aterrado na agonia demônio

de mim mesmo

imerso com o fogo grito

o pulmão podre a rebeldia eu sou um anjo

desvalido

eu fui perdido expulso deserdado sem caminho

escuro e eu sozinho incompreendido

demônio e

resto apodrecido

de carniça eu sofrimento eu sou tormento demônio

de mim mesmo eu detrimento

filho de satã

menino diabo de aventura e letargia

grito sem valia

o pulmão podre o enforcado

desolado

o meu cigarro o meu

pigarro

‘esfalecido

riso de mendigo bêbado

entre loucos

louco de entre lobos morto em meio

à vida eu sou ferida

pus e fezes fúria e fome eu sou

miséria eu sou demônio

e nojo asco de meu

asco

mundo de mim morto eu sou

demônio diabo a-

mor-

talhado de mim mesmo eu

sou demônio

de mim mesmo

eu sou

demônio eu sou

demônio,

andré boniatti
Enviado por andré boniatti em 11/11/2006
Reeditado em 12/11/2006
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