redemunho maldito ao amigo vítor (klein)
demônio de mim mesmo
inferno de minh’alma eu aterrado na agonia demônio
de mim mesmo
imerso com o fogo grito
o pulmão podre a rebeldia eu sou um anjo
desvalido
eu fui perdido expulso deserdado sem caminho
escuro e eu sozinho incompreendido
demônio e
resto apodrecido
de carniça eu sofrimento eu sou tormento demônio
de mim mesmo eu detrimento
filho de satã
menino diabo de aventura e letargia
grito sem valia
o pulmão podre o enforcado
desolado
o meu cigarro o meu
pigarro
‘esfalecido
riso de mendigo bêbado
entre loucos
louco de entre lobos morto em meio
à vida eu sou ferida
pus e fezes fúria e fome eu sou
miséria eu sou demônio
e nojo asco de meu
asco
mundo de mim morto eu sou
demônio diabo a-
mor-
talhado de mim mesmo eu
sou demônio
de mim mesmo
eu sou
demônio eu sou
demônio,