Esse teu amigo da onça
* * *
Depois de mais um cigarro
Fedorento,
Irrompe das entranhas
Um escarro
Nojento,
Que já nem estranhas,
E que vai morrer só,
No pó
Da estrada.
Assim, castigando o pulmão,
Segues em caminhada
Zonza,
Sempre que o corpo pede o pão
Que trazes contigo.
E, cedendo à tentação,
Lanças fogo ao teu amigo
Da onça.
23.4.2012, Henricabilio