Esse teu amigo da onça

* * *

Depois de mais um cigarro

Fedorento,

Irrompe das entranhas

Um escarro

Nojento,

Que já nem estranhas,

E que vai morrer só,

No pó

Da estrada.

Assim, castigando o pulmão,

Segues em caminhada

Zonza,

Sempre que o corpo pede o pão

Que trazes contigo.

E, cedendo à tentação,

Lanças fogo ao teu amigo

Da onça.

23.4.2012, Henricabilio

HENRICABILIO
Enviado por HENRICABILIO em 17/02/2013
Código do texto: T4145213
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.