SEM MAIS O AMANHÃ
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Deixei as letras,
Diante das palavras emudecerem,
Nada mais fazia sentido,
Nem o ontem ou o hoje,
O que esperar então do futuro,
Tentei escrever, eu juro,
Mas o que sentia não se traduzia,
Não eram coisas palpáveis,
Apenas uma dor insuportável.
Fechei os olhos da alma,
O corpo não mais obedecia,
Estava claro mas era noite,
Acordei da minha loucura,
Pura constatação da minha morte,
Seria sorte morrer assim,
Sem mais aquela dor,
Talvez apenas a tristeza,
Por não ter certeza de nada,
A vida ficou no envolucro,
A alma seguiu intacta,
Não sei se me despedi,
Talves não tenha dado tempo,
Ah! o tempo.. já fazia muito tempo,
Que eu tinha deixado de existir.


30/10/2014


 
Sonia Ferraz
Enviado por Sonia Ferraz em 20/01/2015
Reeditado em 20/01/2015
Código do texto: T5108288
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