Mãos queridas

O mau da morte,

que assim, aos leigos,

justifica a insanidade,

aflora e desenterra bálsamos

afloridos de vivências

vampíricas.

Adorna a dor

que nos vivifica

o espírito descrente,

que faz amor

como uma criança

faz tolices e artes discênicas.

Nossos heróis,

que nunca existiram,

são insistentes

em nos tocar com displicência,

na esperança de nos vendermos,

pois a pele e o calor

de nossos corpos

são frescos e apetitosos.

Como nomes...

Natálias e Dons Juans...

E a morte, velhaca e desbravida,

recolhe de perto mãos desferidas.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 22/11/2007
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