O gato preto - parte I

Eu caminhava na noite

entre um tropeço e outro,

pelas ruas escuras

de meu caminho

também escuro.

As portas fechadas,

as pessoas presas

em suas próprias casas.

Eles eram como uma porção

de borboletas sem asas.

Estava tão longe de casa.

Conheço aqueles caminhos mortos,

meus fantasmas me ensinaram.

Conheço os semitérios

e suas histórias,

Sou filho desses mistérios todos,

ainda assim há pessoas que se assustam

quando passo com meus versos.

Eles são como estrangeiros

em seus próprios domínios.

Sentei sem derramar lágrimas.

Estava ainda longe de casa e perto de um gato preto.

O misticismo acendeu

suas velas brancas de exautação.

deitei e dormi.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 29/04/2008
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