O gato preto - parte II

A cabeça quase pendendo do pescoço,

pensamentos secos

e um corpo vivo morto.

A porta aberta rangendo, "estou louco!"

Casa estranha, sombria.

As pessoas deitam pra esconder o que sentem.

Eu no escuro caminho.

Veja meu bem,

o gato preto não mente

O sentido da dor.

Anestesia de cada alma.

Flores que nascem em cemitérios.

Promessas de cura

para feridas que não saram.

Alguém que já nasce perdido.

A mulher que perdeu quem ia nascer.

Verdades achadas no lixo.

O amor de um homem

que sabe que tem que morrer.

meu amor é pecado

incrustrado na alma da gente.

Agora mesmo o observo

quieto, sentado.

Veja meu bem,

o gato preto não mente.

Dil Erick
Enviado por Dil Erick em 08/05/2008
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