POEMA BOCEJADO

Essa névoa que a tudo faz grisalho

e revolve num véu a luz do sol,

põe silêncio e preguiça nos meus olhos;

rege os passos num ritmo contido...

Na manhã deste julho quase agosto,

molho a minha poesia no cenário

como se molha o pão no capuccino;

bem mais por hábito que por sabor...

Por falar de sabor, bebo lembranças,

nostalgias, imagens requentadas,

tomo chá com torradas de saudades...

Neste quadro em que a vida quase para

na moldura do momento infinito,

poetar é meu rito; meu despacho...

Demétrio Sena
Enviado por Demétrio Sena em 18/07/2011
Reeditado em 19/07/2011
Código do texto: T3102094
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