Viaduto do Cocó


  
Aquele viaduto parece que é dependurado
No céu
Contorcido no ângulo do papel
Mas quem segura não é a viga
De cimento armado
Nem o concreto calculado
Na equação que o liga
 
 
São as almas das árvores mortas
São as lágrimas do rio sem pálpebras
As sombras que ficaram órfãs
Os pássaros que migraram
Sem destino
Os olhos assombrados dos peixes
 
 
              Luiz Alfredo - poeta

      blog: luppilua.blogspot.com.br
 



 
 
luiefmm
Enviado por luiefmm em 04/08/2013
Código do texto: T4419570
Classificação de conteúdo: seguro