SINTRA MEU AMOR

Contigo partilhei segredos

Voei nas tuas asas

Agrestes e balsâmicas

Extravasei os limites da normalidade

Lembras-te daquela noite

No castelo dos mouros

Não estávamos sós

Era inverno

O vento assobiava forte

E gelava-nos até ao tutano

Mas nós não fugimos

E desafiamos as leis da natureza

De mãos dadas com as nuvens

Inspiramos teus silvestres aromas

Meditamos e em poucos minutos

Dissemos adeus ao frio

E aquela passagem de ano

Sob fortes chuvadas

E quando nos fundimos

Naquele pôr do sol

Lembras-te com certeza

Enfim

Extasio-me com teus castelos

Calcorreio tuas ruelas

Perfumadas pela proximidade

Dessa virgem floresta

Como no mundo pouco mais resta

E por isso património da humanidade

É saúde que se respira

Nesse teu enorme pulmão

Que custe o que custar

Há que preservar

Ainda bem que escapaste

Às garras dos poluídores

Policarpo Nóbrega

Policarpo Nóbrega
Enviado por Policarpo Nóbrega em 24/10/2020
Código do texto: T7095373
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